Este artigo foi publicado originalmente no Business Insider.
As startups estão tendo um ano bastante sombrio.
Pouco mais de US$ 27 bilhões em financiamento de risco foram arrecadados pelas 3.200 startups que faliram em 2023, informou o The New York Times, citando números do rastreador de startups PitchBook.
Isso é próximo ao valor arrecadado por startups de capital de risco no terceiro trimestre de 2023 (US$ 29,8 bilhões), segundo a empresa de contabilidade EY.
No entanto, o valor de 27,2 mil milhões de dólares provavelmente subrepresenta a verdadeira escala da queima de caixa, uma vez que muitas empresas terão falido sem qualquer alarde. E, nomeadamente, a contagem não inclui grandes perdas de empresas públicas ou daquelas que foram adquiridas.
Por exemplo, a empresa de coworking WeWork levantou mais de US$ 11 bilhões antes de seu IPO e pediu falência em novembro. E a startup de ajuda financeira universitária Frank foi adquirida pelo JPMorgan em 2021 por US$ 175 milhões, antes de ser fechada em janeiro devido a números fraudulentos de clientes.
Este ano assistimos a uma série de fracassos de startups de alto perfil. A startup de pizza Zume, que arrecadou quase US$ 500 milhões, fechou em junho depois de lutar para fazer sua tecnologia de automação de pizza funcionar.
Convoy, a startup de frete que já foi aclamada como o “Uber do transporte rodoviário” e arrecadou mais de US$ 1 bilhão, fechou em novembro.
Os problemas com as startups deste ano levaram Tom Loverro, sócio geral da empresa de investimentos IVP, a chamá-lo de “evento de extinção em massa” para startups.
Estes problemas decorrem, em parte, do declínio do financiamento. Houve uma seca no financiamento de capital de risco em comparação com 2022, com US$ 104,5 bilhões arrecadados nos primeiros nove meses do ano, contra US$ 183,9 bilhões no mesmo período do ano passado, por EY.