O colapso da exchange cripto FTX continua a ganhar atenção devido às suas consequências jurídicas para seu fundador, Sam Bankman Fried (SBF), e sua família. Os pais do fundador da criptografia ficaram envolvidos nas consequências legais devido à sua suposta participação e envolvimento com a empresa falida.
FTX Legal Fallout: os pais da SBF reagem ao processo
No ano passado, o devedor da FTX abriu uma ação judicial contra a família da SBF. Agora, Barbara Fried e Alan Joseph Bankman, por meio de sua representação legal, apresentaram uma moção para rejeitar a queixa do contraditório contra eles.
Os Réus argumentam que as alegações, centradas em alegadas violações de deveres fiduciários e transferências fraudulentas, carecem de “fundamento jurídico substantivo”. O pedido de rejeição gira em torno da ausência de relação fiduciária entre o Sr. Bankman e as entidades devedoras.
De acordo com o memorando, as funções do Sr. Bankman dentro das entidades não eram de natureza que estabelecesse tal relacionamento. Os Réus afirmam que, mesmo que tal dever fosse assumido, os demandantes “não forneceram provas substanciais da sua violação”.
Somando-se à sua defesa, os Réus contestam as reivindicações de auxílio e cumplicidade na violação do dever fiduciário. Eles afirmam que os demandantes não “demonstraram de forma convincente uma violação subjacente do dever”.
Além disso, argumentam que faltam provas que demonstrem que tinham conhecimento ou intenção reais em relação a qualquer alegada violação. Segundo o documento, a representação legal dos pais da SBF apresentou em sua defesa o seguinte argumento:
A Reclamação não alega, e não pode de forma plausível, alegar que o Sr. Bankman alguma vez foi um diretor, executivo ou gerente real de qualquer entidade do Devedor. Mesmo que os Requerentes tivessem alegado plausivelmente um dever fiduciário, eles não alegaram adequadamente uma violação do mesmo.
Argumento jurídico centra-se na insuficiência das reivindicações dos demandantes
A moção também contesta as alegações de transferências fraudulentas reais e construtivas. Os Réus enfatizam a ausência de “evidências credíveis que apontem para a intenção de dificultar, fraudar ou atrasar”. Destacam também o facto de os demandantes não terem “determinado a insolvência dos devedores durante o período relevante”.
Um ponto adicional de discórdia no memorando é a rejeição do pedido de enriquecimento sem causa, que os Réus argumentam ser “redundante”. Além disso, afirmam que o pedido de improcedência de créditos é processualmente inadequado e prematuro, alegando ausência de determinação judicial sobre a reclamação.
No âmbito processual, os Réus esclareceram o seu não consentimento à competência do tribunal de falências para emitir ordens ou sentenças definitivas neste caso.
Esta moção desafia as alegações dos demandantes na disputa legal relacionada à FTX. A estratégia dos Réus sublinha a suposta falta de provas concretas e aponta diversas inconsistências processuais no caso dos demandantes.
À medida que a batalha jurídica se intensifica, o foco muda agora para a forma como o tribunal responderá a estes argumentos. O documento acrescentou o seguinte:
Os Requerentes não conseguiram alegar de forma plausível a intenção real de impedir, atrasar ou fraudar qualquer entidade do Devedor… As reivindicações construtivas de transferência fraudulenta dos Requerentes não conseguiram alegar a insolvência dos Devedores.
Imagem da capa do Unsplash, gráfico do Tradingview